A menina levantou-se cedo era um dia importante, estava super feliz, era dia do seu casamento, tal como o imaginava estava radiante, amava loucamente a pessoa que estava para casar daqui a umas horas, era o dia mais feliz da sua vida até então, o casamento foi o mais lindo que sentiu até hoje, nada se podia comparar ao seu, nada mesmo foi o casamento do ano pensava muitas vezes para com ela, vários anos passaram e planearam ter um filho, tinha uma casa linda, era feliz tinha a sua mãe com ela, sentia-se realizada, tal como prometera á sua mãe eram felizes, os pesadelos eram passado, só faltava dar um neto para cumprir o que prometera á sua mãe, mas a mãe fazia questão de a lembrar que tudo muda num abrir e fechar de olhos, que tem de ser uma luta diária, pois podia acordar e o mundo ter caído em cima como se fosse o maior dos pesadelos, e dele não pode-se acordar. Mas ela dizia não mãe nós vamos ser sempre felizes sempre, eu tu e os teus netos meus filhos. A tua neta nasce daqui a pouco, vai ser a menina mais linda que algum dia possas ter visto, dizia orgulhosa para a sua mãe.




Nasceu com tudo estava previsto, e tal como dissera e prometera á sua mãe tudo estava a correr lindamente, eram felizes, tinham uma neta linda viviam juntas, mais perfeito não podia ser. Entretanto a sua menina cresceu, corria pela casa, era a felicidade da casa. Então resolveu dar a noticia nova á mãe que ela seria avó daqui por mais uns meses, a mãe da menina que queria ser feliz, ficou super feliz mas tinha uma medo terrível, sentia que tudo se podia desmoronar, tal como todos os sonhos podia acordar e tudo não passar de uma noite de um sonho lindo.


A segunda nascera tal como a primeira era linda, e mais uma vez a menina que queria ser feliz não deixava de dizer para a sua mãe que era mais um dia como o que prometeu sempre, um dia felicidade.


Passaram uns meses, o seu marido ficou desempregado, o medo estava a entrar dentro do seu coração, tinham uma casa linda, tinham uma vida linda, viviam bem, e de repente, tudo se parecia cair, o seu marido não tinha emprego o seu estava em risco, começou a perder o sono, o seu parceiro não encontrava trabalho, a vida estava cada dia a andar para trás, a menina que queria ser feliz, estava a cair, nada era como até então, trabalhava muito mas, o seu marido, desempregado já não era o que foi, voltava tarde para casa, as noites eram longas, nos dias em que ele nem voltava a casa, estava tudo a cair, a vida parecia voltar ao que era, aos pesadelos, já não eram um casal feliz, a sua mãe chorava como se fosse ela a culpada de tudo. Certa noite, numa das longas noites, resolveu esperar pelo seu marido e não foi trabalhar, queria resolver o problema antes mesmo de se tornar um pesadelo ainda maior, e para sua surpresa ele não voltou, agora já não eram só as noites os dias também cresceram, passaram dias e ele continuava ausente, já não podia esconder á sua filha mais velha, mas prometeu a ela própria que jamais a suas filhas iriam viver os mesmo pesadelos, nunca vou permitir isso, nunca. O marido voltou naquela noite, vinha a cheirar a álcool, disse-lhe que tinham que falar, que assim não podiam continuar, ele não respondeu, no momento, sentou-se, pensou por uns minutos, depois disse-se que o casamento acabou nada temos mais em comum tudo o que eu sentia por ti morreu, tenho outra relação outra pessoa na minha vida, não fico aqui nem mais um dia. A menina que queria ser feliz mais uma vez se sentiu a mulher mais triste do mundo não tinha palavras para responder, foi a maior dor que sentiu até então, o seu coração ficou ferido de morte, só pensou, eu vou morrer, nada faz mais sentido para mim, chorava todos os dias, todas as noites. Até que um dia a sua menina o seu maior tesouro lhe pediu para não chorar mais, que chorar fazia bem, mas eu quero que chores mas de felicidade, disse-lhe como uma mulher adulta, e repetiu, não chores, e disse-lhe ainda com mais força como só uma criança sabe dizer. Tu vais ser uma menina feliz sabes minha mãe, pois tu és a maior mãe do mundo.


Fim
Já na casa nova, na nova família, a menina, continuava a sonhar, mas os pesadelos eram os mesmos, pensa ela que tudo ia mudar, mas o pesadelo veio com elas, e tudo foi igual, não mudou nada antes pelo contrário, cada dia via mais a sua mãe sofrer discussões tremendas, violência física e emocional, não aguentava mais, queria mudar o mundo, e para isso queria crescer, ter alguém do lado dela, um Homem que a protege-se das maldades do mundo, que a fizesse feliz. Entretanto foi para a escola, fez amigos novos, era feliz por momentos, mas o tormento em casa era cada dia pior, cada dia era um século, na escola tinha momentos bons o seu grande sonho era ser feliz, fazer a sua mãe feliz, poder a proteger, a tirar do inferno, depois era ser médica, era boa aluna tinha boas notas, bons amigos que a protegiam de alguns dos pesadelos. Um dia chegou á escola muito triste chorava, os amigos queriam saber o que tinha mas ela estava atormentada, o medo tomou conta dela, na noite anterior sofreu na pela violência em casa o que via todos os dias acontecer com a sua mãe aconteceu com ela, sofreu no corpo a violência, estava ferida fisicamente, mas a maior dor era dentro dela, era a sua infelicidade, era dentro do seu coração, os amigos queriam tratar dela, que ela fizesse valer os seus direitos de criança, mas o medo, sempre o mesmo medo não a deixava fazer isso, refugiou-se no seu canto, e o tempo curou o resto, nunca mais foi a mesma menina, perdeu-se pioraram as notas o sonho de ser médica estava a andar para longe, só pensava na sua mãe em como a proteger, em como a tirar do pesadelo. Passaram anos e a menina estava mais madura, perdeu muito na escola menos os amigos, perdeu os sonhos de ser médica, voltou a ser uma aluna como as outras, já não era a aluna especial. Chegaram a férias, já tinha pensado em trabalhar, era a hora de ajudar a sua mãe, ter a sua independência, a sua e a da sua mãe, trabalhou como uma mulher grande com uma vontade que espantava toda a gente, era a primeira a chegar a ultima a sair, queria fazer tudo, impressionou até o seu patrão, tinha uma garra que mais ninguém tinha dentro daquela fábrica era um exemplo para todos, até que recebeu o seu salário, correu até casa sem parar queria que a sua mãe fosse a primeira a receber a notícia de quanto ganhou. A mãe ao receber das mãos dela chorou, não sabia se de alegria se de tristeza, de tristeza porque pensava que ela devia estudar, ter os sonhos de menina, namorar ter ilusões, como todas a meninas da sua idade, mas feliz por ela a querer fazer feliz, o orgulho que ela tinha, os seus olhos brilharam, e com um carinho que só um filho sabe dar a menina limpou as lágrimas da sua mãe e jurou ali diante dela e prometeu que a voltaria a fazer feliz, queria ser grande, a tirar de casa, dizia, mãe vou ter a minha casa minha e tua, vou trabalhar, e vamos viver só eu e tu, vou casar e te dar netos, vamos ser felizes todos. Muitos anos passaram e a menina cresceu, era uma mulher, deixou de estudar só para ajudar a mãe, namorava, pensava casar, ter filhos, ter uma casa dela com prometeu a sua mãe.



Penúltima parte
A menina ajudava a mãe a fazer as malas e não aguentava a ansiedade, dizia para a mãe que queria conhecer a nova família, fazer amigos novos na escola, sim ela voltou a ter a vontade de estudar, tinha um sonho de ser um dia médica, era um sonho só seu, dizia para a mãe que tinham tudo para voltar a sorrir. Quando fazia a mala pensava para si mesma, vou estudar e nas férias vou ajudar a mãe, vou trabalhar, seja em que for, quero que a minha mãe se orgulhe de mim, quero que ela volte a ser feliz, que volte a ter projectos, sonhos de ver os seus filhos felizes, mas o mais importante ter a paz que tanto merecia, era uma mãe única. A menina mesmo sendo muito nova na idade era muito adulta por dentro. O que ela via acontecer diante dos seus olhos fez ela crescer, dizia para si mesma, hoje vai ser o ultimo dia de inferno, quero viver feliz, fazia planos para ela e para a sua mãe, queria ter um namorado que a trata-se bem, não queria homens como o que via todos os dias á sua frente a mal tratar a mãe e a ela própria. Pensava muitas vezes como a mãe aguentava todo aquele inferno, que amor seria o seu pelo homem que a mal tratava e dizia para sim mesma, tenho a maior mãe do mundo a mais forte, a que consegue se levantar em cada amanhecer e sorrir para os seus filhos, a que trabalhar em prol dos filhos, a que vive só para eles, e voltava a dizer para si a minha mãe é única neste mundo mau. A mãe não aceitava ouvir dizer que o mundo era mau, dizia muitas vezes que havia mães em pesadelos muito maiores que o seus, que sofriam muito mais do que ela, nunca se queixava, andava sempre de cabeça levantada, era uma mãe como só ela sabia ser.




continua